Camisa do Cruzeiro é no

Camisa do Cruzeiro é no
Modelos 2009 e anos anteriores

"Claro que volto!! Claro que fico!! Com a alegria e a emoção de estar outra vez na nossa segunda casa!"

Sorín

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sorín dá adeus ao Cruzeiro e ao futebol

Aos 33 anos, o argentino Juan Pablo Sorín, ídolo do Cruzeiro, decidiu nesta terça-feira, 28 de julho, encerrar a sua carreira no futebol. Depois de uma reunião com a diretoria, no qual rescindiu o seu contrato, ele concedeu uma entrevista com lágrimas nos olhos e fez o anúncio mais duro de sua vida.

A decisão foi motivada principalmente pelas seguidas contusões que o atrapalharam nessa nova passagem pelo Cruzeiro e também pela falta de oportunidades com o técnico Adílson Batista. Ter ficado fora do último clássico com o Atlético, pelo Campeonato Brasileiro, e da final da Copa Libertadores, contra o Estudiantes, foram a gota d’água.

”A decisão não tem a ver com cabeça quente. Venho pensando em parar há um tempo, desde a lesão que tive antes do jogo com Universidad de Chile. Vim para ganhar a Libertadores, mas jogando. E depois daquele jogo fiquei muito chateado. Prometi lutar até o fim. Voltei, machuquei de novo contra o Palmeiras. Batalhei muito, trabalhei muito e cheguei bem para o clássico, para a final da Libertadores. Mas não tive espaço”, lamentou.

No momento, Sorín se via em condições de ajudar o Cruzeiro no Brasileirão. Mas a falta de oportunidades fez com que ele adiantasse o fim de sua trajetória no esporte. “Cheguei bem para a final da Copa Libertadores, estava à disposição. Estava esperando a minha chance, não chegou, não tive espaço. Mas não vou ficar criticando ninguém”, disse, referindo-se a Adílson.

O ídolo cruzeirense admitiu que não se sentia confortável no clube sem jogar e recebendo salários. “Trabalhei muito, caí, levantei, tive muitas lesões, superei a mais importante que foi a do joelho. Tive lesões musculares que não eram importantes, mas não tive a sequência que queria. Fiz seis jogos em seis meses e não estou orgulhoso desses números. Abri mão de tudo para vir, para encerrar a carreira aqui, até do lado econômico, o contrato, os direitos federativos. Eu não me senti bem em ficar aqui cobrando o dinheiro”.

Apesar dessa frustração, Sorín lembrou que deixa o esporte como vitorioso. “Foi uma carreira muito bonita, muita gostosa, curti muito. Fui capitão da seleção, disputei duas Copas do Mundo, fui campeão mundial sub-20. Tentei dar sempre o melhor de mim, me entregar. Vivi momentos incríveis com essa camisa (do Cruzeiro), com a da Argentina, do River, Argentinos Juniors, Villarreal, Paris Saint-Germain. A carreira foi muito rápida, bonita, mas chegou o momento”.

Lágrimas

Sorín interrompeu a entrevista durante vários momentos. A voz embargada o impedia de prosseguir. Ele também chorou ao falar do amor pelo Cruzeiro, pelos cruzeirenses e por Minas. ”Agradeço primeiramente ao Cruzeiro, ao pessoal na rua, à torcida maravilhosa pela paixão, pelo carinho, pela força, pela energia. Sou cruzeirense já. Vou ficar aqui com minha família. Quero agradecer os amigos de BH, que tiveram muito a ver com a nossa volta, gente que vamos amar para o resto da vida”, declarou-se.

Gracias Cruzeiro!

Juan Pablo Sorín demonstrou ainda muita gratidão a todos do Cruzeiro, do presidente Zezé Perrella, que apostou em sua volta, até os funcionários mais humildes. “O presidente abriu as portas para a minha recuperação e hoje posso sair treinando bem. Superei essas lesões, esse momento, e poderia estar jogando tranqüilamente. Vou abrir as portas para o futuro. Mas a minha ligação com o Cruzeiro vai ser eterna. Obrigado também ao departamento médico e esse grupo maravilhoso de jogadores. Confio no grupo”.

”Saio não como eu sonhava, com uma sequência de jogos para ir ao Mundial, que era minha ambição, mas saio como entrei, deixando coração sempre. A minha palavra é sempre verdade”, concluiu Sorín, autor de 18 gols em 126 jogos pelo clube. Em três passagens, ele conquistou quatro títulos.

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