Camisa do Cruzeiro é no

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"Claro que volto!! Claro que fico!! Com a alegria e a emoção de estar outra vez na nossa segunda casa!"

Sorín

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sorín se despede do futebol para mais de 62 mil pessoas no Mineirão

Torcida celeste marca presença em jogo contra o Argentinos Juniors, time que revelou o jogador

O Cruzeiro se despediu nesta quarta-feira de um dos maiores ídolos de sua história recente. Com 62.400 torcedores presentes no Mineirão, o argentino Sorín entrou em campo pela última vez com a camisa celeste em amistoso contra o Argentinos Juniors (clube que o revelou), vencido pela Raposa por 2 a 1.

Antes do jogo, muitas homenagens; funcionários do Mineirão tiraram moldes dos pés do jogador para a Calçada da Fama do Mineirão; Sorín também recebeu uma carteirinha de sócio-torcedor do clube; uma preliminar com famosos, entre eles os ex-jogadores Raí, Sócrates e Rincón, o meia corintiano Defederico e o cantor Gabriel, o Pensador, fez o aquecimento para o futebol; no som, a presença do grupo mineiro Skank, comandado pelo cruzeirense Samuel Rosa.

- Vamos ajudar muita gente esta noite com tudo que a torcida trocou pelos ingressos. Muito obrigado à diretoria do Cruzeiro e a cada um dos funcionários da Toca da Raposa, do Mineirão e a todos os jogadores com quem tive o prazer de atuar. E quero agradecer à torcida pelo carinho que me demonstra na rua.

Ainda teve a presença da família do lateral no estádio. Jaime Sorín, pai, Ruth Refetur, mãe, e Verónica Sorín, irmã, estiveram na capital mineira especialmente para a festa e aprovaram a despedida junto da torcida celeste:

- Em nenhum outro lugar ele se sentiria tão cômodo como no Mineirão, com a torcida do Cruzeiro, que realmente lhe deu um apoio e um carinho enorme no tempo que ele esteve aqui, inclusive quando jogou na Europa - disse o pai.

Festa até no jogo

O clima de festa era tão grande que o goleiro do Argentinos Juniors, o chileno Peric, tirou diversas fotos de dentro do gramado. O técnico Adilson Batista também deu oportunidade a todos. Antes do fim do primeiro tempo já não havia um jogador que enfrentou o Fluminense em campo.



O protagonista da festa também se divertiu em campo. Distribuindo sorrisos no gramado, ele não deixou o ritmo de jogo abaixo dos demais jogadores atrapalhar muito. Chegou a ter duas boas chances, mas mandou para fora. A melhor chance celeste foi em uma cobrança de falta de Fernandinho na trave.

- Senti muito, mas estou curtindo. Vou procurar tocar a bola - disse Sorín na saída para o intervalo.

No segundo tempo, Sorín voltou para atuar pelo Argentinos Juniors. Vestiu a camisa do time que o revelou, mas curiosamente continuou com o short e com os meiões do Cruzeiro.

O rodízio no Cruzeiro continuou. Aos sete minutos, Bernardo tocou na saída do goleiro e abriu o placar. Sorín, mesmo jogando pelo time adversário, foi lá cumprimentar o garoto e o levantou.

Aos 13 minutos, Sorín voltou a jogar pelo Cruzeiro. Tirou a camisa do Argentinos Juniors e ficou com a da Raposa, que estava por baixo. E sete minutos depois pôde comemorar o primeiro gol estando no time. Leandro Lima lançou Guerrón em posição legal. O equatoriano driblou o goleiro e marcou.

A torcida por um gol de Sorín no jogo era clara. Às vezes até os jogadores do Argentinos Juniors pareciam querer, apesar de jogarem com seriedade. Aos 27, o ídolo celeste foi lançado na área, e o assistente assinalou impedimento. O goleiro Peric acenou para dizer que não havia irregularidade.

O gol de Santibáñesz, aos 44 minutos, não mudou a festa. E com o apito final, torcida e ídolo puderam se despedir. Mas eles não vão ficar longe. Sorín já declarou que vai morar em Belo Horizonte.

- É um momento incrível acabar assim, com festa solidária. Uma festa com minha esposa, com minha filha, com meus amigos é uma coisa que nunca vou esquecer. Uma despedida brincando, com muita felicidade, como sempre foi meu jeito no futebol.

Fonte: Globo.com

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