Camisa do Cruzeiro é no

Camisa do Cruzeiro é no
Modelos 2009 e anos anteriores

"Claro que volto!! Claro que fico!! Com a alegria e a emoção de estar outra vez na nossa segunda casa!"

Sorín

terça-feira, 6 de abril de 2010

Juan Pablo Sorín além da bola



Na emocionada carta que enviou à torcida cruzeirense em 2002, depois de deixar Belo Horizonte rumo à capital italiana, para vestir a camisa do Lazio, Juán Pablo Sorín escreveu: ''Estou partindo e pensando se algum outro dia serei tão feliz!'' Fosse qualquer um, tal despedida poderia ser acusada de populista. Oito anos passados, com temporadas na Espanha, França e Alemanha, Sorín, agora aposentado dos campos, está concretizando o desejo implícito na carta.

De seus quase 34 anos, Sorín vive há 15 fora da Argentina. Belo Horizonte, tal qual a Buenos Aires, onde nasceu, é, para ele, também a sua cidade. ''Amo Buenos Aires, pois lá tem tudo e é onde está a minha família. Mas Belo Horizonte é o lugar da afeição. No início, não pensava em morar aqui. Mas passamos por várias coisas na cidade e nossa vida social passou a ser aqui mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Decidimos ficar por coração mesmo.'' Não há como duvidar de tal sinceridade, ainda mais levando-se em consideração que no final deste mês, Elisabetta, primogênita de Sorín e Sol Cáceres, completa um ano em BH, mesma cidade que o casal escolheu para o nascimento de sua filha. Até o início do ano, os dias de Sorín foram tranquilos.

Depois do turbilhão passado em novembro, com a despedida consagradora do futebol e de seus 60 mil torcedores no Mineirão, curtiu merecidas férias com a família. Agora está dando os primeiros passos para o futuro. No final de fevereiro foi embaixador esportivo de jogo promovido pela Cruz Vermelha da Argentina em benefício do Haiti em que atletas latino-americanos se reuniram numa partida contra a Seleção Haitiana em Puerto Ordaz, Venezuela.

A partir deste mês Sorín começa a viajar pelo mundo fazendo palestras em que conta sua história, dentro e fora do futebol. Estuda ainda convites que recebeu, de TVs e jornais, para atuar como comentarista na Copa. E aguarda uma conversa com o Cruzeiro para um futuro projeto. ''Gostaria muito de levar o Cruzeiro para o mundo no aspecto social.''

Depois da despedida em campo, Sorín só retornou ao Mineirão no primeiro clássico do ano, entre Cruzeiro e Atlético. Foi justamente na manhã daquele sábado que a sessão de fotos e a entrevista para este perfil foram realizadas. Antes do jogo, comentou que estava pensando em ir. ''Falei que no Brasil só jogaria pelo Cruzeiro e ele acabou virando meu time aqui. Então, quando vou, sofro como qualquer torcedor.'' Após o placar de 3 a 1 para o time azul e branco, Sorín disse que sempre tem incríveis lembranças cada vez que vai ao estádio pelo que viveu como jogador.

E avisa: a aposentadoria não é do futebol, e sim do jogador. ''Sou um cara muito obcecado por futebol. Adoro ir ao estádio, analisar. E nunca fecho as portas. Espero voltar a trabalhar dentro de um esquema técnico de jogo.'' Mas isso somente daqui a algum tempo. O agora é viver em Belo Horizonte, curtindo os primeiros anos de Elisabetta. ''Não gosto de fazer nada pela metade'', conclui Sorín.

Pelo Haiti

Sorín e Karembeau


Sorín e Higuita


Sorín e Francescoli


Sorín e Careca


Juampi foi o embaixador do jogo entre atletas latino-americanos contra a Seleção do Haiti.